segunda-feira, 26 de maio de 2014

Viagem a Marrocos - Pascoa 2014


Relato de Viagem a Marrocos - Pascoa 2014

Prefácio

Apesar de já ter estado em Marrocos há cerca de 25 anos, por motivos profissionais, esta minha vontade de voltar, agora para fazer turismo, estava também ela carregada de alguns receios, o que me levou a tomar a decisão de ir sim mas em grupo. Assim a oportunidade surgiu; com um roteiro feito para um grupo de amigos, por um amigo que conhece bem Marrocos, começamos a preparar a viagem e lá  fomos. 5 Autocaravanas (ACs), 11 pessoas.
O Roteiro para 10 dias privilegiava a montanha e o deserto: Chefchauen, Azrou, Erfoud, Ouarzazat, Marraquexe e regresso por AE com pernoita em Asilah, porque era urgente para alguns voltar ao trabalho.

Preparativos

Compra-se o mapa de Marrocos em papel. Carrega-se o mapa do norte de Africa no GPS (loja  GPS: http://www.lojagps.com/catalogo/contact_us.php ) carrega-se os POIs do Campingcar infos:  (http://www.campingcar-infos.com/index1.htm ) com todos os parques de Campismo e parques de Estacionamento,  por precaução também se imprime tudo em Papel e dá-se uma vista de olhos aos comentários sobre os diversos parques.
Para a preparação da viagem: o guia Campings du Maroc  http://www.extrem-sud.com/guides/10-campings-du-maroc-et-de-mauritanie.html  assim como o guia Michelin também foi bastante útil.
Consultando os sites abaixo, também, tiramos  informações bastante uteis  sobre Marrocos
Ainda algumas pesquisas em fóruns Franceses.
Isto tudo em Francês que é também essencial para nos governar-mos em Marrocos.
Como vamos entrar em Marrocos? Por Tanger Med. É actualmente a melhor opção porque o Porto é novo, e o controlo de polícia é feito calmamente no Ferry. Preenche-se a ficha de polícia entrega-se, é-nos atribuído o Nr. de Polícia e ficamos com o passaporte já carimbado.
Uma formalidade importante é o documento de importação temporária da Autocaravana o modelo D16 que pode ser preenchido em: http://www.douane.gov.ma/ ( D16 ter) depois imprimido em triplicado (só uma folha A4) os 3 são entregues na alfandega  à entrada, 2 devolvidos  carimbados; à saída os dois são entregues novamente na alfandega, 1 é nos devolvido com o registo da data de saída, o qual convêm guardar porque se houver qualquer falha pode provar que o veiculo saiu.
A questão dos bilhetes, foi tratada com a agencia “ Viages Normandie “ que tem uma tarifa promocional para a chamada época baixa “ 185.00€ AC +2 pessoas”  ida e volta, bilhete open, mas com reserva do Ferry para a ida.   http://www.viajesnormandie.net/situacion-agencia-viajes-algeciras.htm  O contacto com eles neste caso foi em Espanhol mas também pode ser em francês. Não sei como funciona em português mas creio que também será possível.

A VIAGEM

9/4- Chegada a Palmones/ Algeciras depois de almoço e já a simpática funcionária do Sr. Gutierres nos esperava para entregar os vouchers dos bilhetes, que haviam sido reservados. Pagos os bilhetes, foi esperar pelos restantes companheiros que, chegaram mais tarde e ai perto passamos a noite num parque de estacionamento gratuito.



10/4- Algeciras - Chefchauen

Ás 7.00 da manhã já nós estávamos no porto, (cord.: 36o   7.801’ N – 5o 26.512 W ) o Ferry das 8.00 acabou por sair às 9.30. No ferry com as fichas de policia já preenchidas cumpre-se a primeira formalidade com apresentação dos passaportes e entrega das fichas. Chegada a Tanger-Med;  na alfândega logo aparecem uns simpáticos marroquinos, que nos foram arrumando perto uns dos outros para que saísse-mos dali todos ao mesmo tempo. Como era a primeira vez que ia-mos a Marrocos, além da alfandega,  ainda tivemos que ir a um guiché da polícia antes do controlo da alfandega. Claro que os simpáticos marroquinos foram logo pedindo uma coleta para o grupo, e então 10.00€ foi a contribuição do nosso grupo. Lá ficaram todos contentes. O oficial da alfândega, lá carimbou os modelos D16 e passado pouco tempo já estávamos a sair da alfandega. Passados 200 metros os postes de câmbio esperam-nos para cambiar dinheiro “10.958Dh/1.00€
De seguida alguém que está por ali, faz-me uma proposta de venda de um cartão SIM por 100.00 Dh recarregável, para o telemóvel desbloqueado, que já levava comigo. Depois de verificar se funcionava, despedi-me do homem e posteriormente fui ver o saldo (114.00Dh) Foi o meu telefone enquanto lá estive, que para falar para Portugal saiu a cerca de 0.40€/minuto (o rooming sai a 2.50€ / minuto) uma outra opção é comprar um cartão da Marroc Telecom e nas cabines que há muitas, fala-se para Portugal a 0.12€ /minuto 
Á saída do porto, um peditório para os Bombeiros, fomos logo cravados. Poucos Kms à frente, na AE abastece-se as ACs (gasóleo a 9.35Dh) e segue-se viagem até Chefchauen.
Com cerca de 40km de AE mais 70 pela N2 chega-se a Chefchaouen ,vila típica de Marrocos que reza a história serviu de base para combater o avanço dos Portugueses. Logo à chegada a Polícia informa-nos que o melhor será irmos para o Camping. Como tínhamos referenciado um Parque que ficaria perto do Centro tentamos, mas não foi possível e ai as 5 ACs lá tiveram que fazer uma inversão de marcha com os policias a ajudar no meio da confusão e lá vamos nós para o Camping do qual não tínhamos boas referências  e que acabamos por confirmar. No entanto apesar de tudo velho não estava sujo.
Pela tarde descendo a encosta desde o Camping até à vila. Quando as várias mesquitas começam a chamar para a reza, sentimos que estamos num mundo muito diferente do nosso.
Entra-se na Medina e vagueia-se pelas ruas e para-se na Praça Central para um repousante chá de menta. O empregado muito decidido junta logo 2 mesas para dar para todos e exclama “pão pão, queijo.” Quando lhe perguntei como sabia que éramos portugueses, respondeu que percebeu logo que nos viu. Sentimo-nos em casa! Depois de algumas compras e um passeio pela vila, o regresso ao Camping num táxi, que nos transportou em duas viagens por 50.00 Dh cada viagem.

11/4 – Chefchaouen -Azrou  
 
Por: Ouezane, Meknése e Ei Hajeb; onde, segundo dizem se pode comprar umas excelentes garrafas de vinho marroquino.
Passeio agradável atravessando o médio Atlas, a altitude máxima foi de 1485mt. Com uma paragem para almoço, e outra para apreciar a vista do miradouro de Ito. Chega-se a Azrou quase ao fim da tarde, é dia de Souk, o largo, com a cidade e as montanhas como cenário de fundo, repleto de pessoas e de coisas novas e usadas para vender tem ao fim do dia um certo encanto que quero guardar em fotografia. Pego na máquina e faço duas fotos, eis então quando um individuo, todo irritado começa a atirar-nos pedras, não querendo fotografias. Suponho que pensou que eu estava a fotografar um grupo de mulheres que se dirigiam em nossa direção. Guardei a máquina e tudo serenou! Esta ficou registada!
 Na estrada de Ifran a 4Km de Azrou http://www.camping-morocco.com/location.html  o Eurocamping foi o nosso local de pernoita.
Combinamos com o Sr. Halid o gerente do Camping, o transporte para no dia seguinte visitarmos a floresta dos Cedros. Assim com a maior das simpatias, em duas viagens nos levou ao destino, a cerca de 3 Km usando o seu carro (no fim pediu-nos apenas o dinheiro para a gasolina)
12/4 – Azrou e Ifran
Passeio pela floresta dos Cedros com um guia contratado no local, que começou por pedir 500Dh, mas com o negociador do nosso grupo, a entrar em acção, acabou por fazer por 100Dh  É um passeio agradável, onde se pode observar os macacos que vivem na floresta. Com o Sr. Halid a nos transportar para almoço em Azrou, ai almoçamos umas tagines, cous-cous e umas espetadas . Mais ou menos 65Dh/pessoa. A parte da tarde, foi para um passeio a Ifran, a cidade considerada a Suíça de Marrocos. Em tudo parece uma pequena e moderna cidade do norte da Europa. Algumas compras e um passeio agradável, com o transporte assegurado por dois velhos táxis mercedes 240.

13/4 – Azrou - Merzouga  aprox.400Km

Passando por: Midelt, Gorges du Ziz, Er-Rachidia e Erfoud.
A saída do Camping foi cedo, pois eram muitos Kms para fazer e com algumas paragens. Retrocedemos cerca de 10 Km para fazer um percurso pelo vale do Ziz junto ao palmeiral, onde pela 2ª vez cruzamos com um grupo de 13 ACs Italianas que faziam o percurso com um Guia.
Quando chegamos a Merzouga, a AC que seguia na frente teve que se libertar dos angariadores que tentam indicar-nos um Camping para ficarmos. Mas a decisão já estava tomada e fomos ficar no Camping Auberge Les Roches . mais uma vez o nosso negociador entra em ação para ajustar o preço do jantar que desta vez saiu a 80Dh por pessoa mas com direito a uma actuação ao vivo, de musica Berbere. Gente simpática e acolhedora!
Estamos às portas do deserto, digamos assim e contratamos 2 veiculos TT para um passeio no dia seguinte.

14/4 – Merzouga e deserto

Ás 7.00 da manhã umas fotos do nascer do sol e ás 9.30,  já as viaturas nos esperam para a descoberta do deserto. Conhecer uma antiga aldeia abandonada, uma velha mina de chumbo e descobrir alguns crustáceos marinhos fossilizados. Bem longe do mar, no meio das rochas. Parece que é um verdadeiro paraíso para os geólogos, também fascinou alguns elementos do grupo. Terminando o passeio com uma visita a uma tenda dos nómadas. Foi agradável o passeio e depois foi recuperar forças com um almoço na vila, mais uma vez negociado para 11 pessoas. Almoço um pouco demorado mas bem servido. Tarde para descansar.

15/4 Mergouga – Ouarzazate 400Km

Por: Tinghr, (Com desvio para visitar as gargantas do Todra) -  Boulmane Dadés, (com desvio para visitar as gargantas do Dadés) – Kelaat e M´Gouna
Quando o sol nasce,  já nós estamos de saída porque o dia vai ser longo. Foi um bonito passeio apesar de muito cansativo, pela sua extensão e qualidade das estradas mas vale a pena!
Chega-se a Ouarzazate já ao inicio da noite e fica-se no Camping Municipal, que como parece que é normal, para os municipais, deixa muito a desejar. De qualquer forma desde que parqueados em segurança e seja possível fazer os serviços da AC, tudo bem. 
  
16/4 Ouarzazate – Marraquexe

Mais uma vez foi uma noite tranquila e todos acordaram com disposição para visitar o Kasbah Taourirt, o mais importante Kasbah de Marrocos. Comprados os bilhetes, logo apareceu um guia par nos acompanhar, isto por 10Dh cada um. Passeio interessante.
Saindo de Ouarzazate ainda cedo, chega-se a Ait-ben-Haddou , cidade que  foi cenário de vários filmes, á hora de almoço, mas como a fome ainda não era muita parte  do grupo ainda foi visitar a Aldeia-museu antes de aconchegar o estomago. Como não funciono sem comer preferi almoçar primeiro. Muito interessante a visita, com o bilhete a dar direito a um chá no final da mesma. No regresso, algumas compras na rua de acesso ao Ksar. Aqui alguns companheiros, negoceiam com sucesso a troca de algumas coisas que levavam, (um relógio de pulso, vinho, cerveja e uma T shirt) um dos lojistas fixou-se nos meus ténis e queria por força negociar a troca dos mesmos, só que eu não estava para ai virado. 
Volta-se para trás para apanhar novamente a N9 de a caminho de Marraquexe atravessando mais uma vez a cordilheira do Alto Atlas até aos 2400 mt de altitude por estrada sinuosa mas de grande beleza. Aqui como um pouco em todo o percurso, o uso dos Walk-Talkies são uma ajuda preciosa porque quem vai na frente, logo que ultrapassa um pesado, vai avisando se há ou não estrada livre para os outros puderem passar. Estrada um pouco imprópria para quem tem vertigens. Ainda apanhei um susto ao cruzar com um pesado numa curva, mas tudo bem!
Quando se chega ao Camping Le Relais de Marraquexe já é noite, e toda a gente está cansada.
 17/4 – 1º Dia de visita a Marraquexe
Com marcação prévia do Táxi para as 10h30, saímos em direcção ao centro de Marraquexe. 60 Dh a viagem para ficar no centro, perto do Complexo Artesanal, mas se for mais 300 metros á frente junto à celebre praça Jemaa-El-Fna já querem 80Dh. Isso não nos foi explicado antes e o nosso negociador não lhes deu hipótese, ficamos junto a Jemaa-El-Fna pelos 60Dh.
Compra-se bilhetes para o Autocarro Turístico (1dia 150 Dh, 2 dias 180 Dh) Com dois, fizemos o mais central ainda antes do almoço. A parte nova de Marraquexe, é uma cidade moderna, ajardinada com boas ruas, avenidas e bons edifícios, que contrasta com a parte antiga cheia de bazars e lojas e restaurantes, principalmente na rua que dá acesso a Jemaa-El-Fna. Para o almoço, há que procurar o restaurante e negociar o preço, porque nós somos 11. Nesta terra tudo se negoceia! Digamos que não almoçamos mal e não pagamos muito. Atravessando Jemaa-El-Fna, desviando do sítio das serpentes, porque tenho aversão a esses bichos, apreciando todo movimento que aqui reina com vendedores e artistas das mais variadas artes, entra-se na Medina. Mística esta Medina; percorre-se as diversas ruas, vai-se ganhando à vontade, negoceia-se, observa-se os artesãos e compra-se algumas coisas. É a segunda Medina que se entra desde o início da viagem, e já temos a impressão já são locais de comércio familiares, por onde se pode circular sem qualquer receio. Á tarde numa esplanada/terrasse, sobranceiro à praça Jemaa-El-Fna, toma-se calmamente um sumo, enquanto esta se vai transformando num recinto com dezenas de restaurantes de messas corridas onde por 40Dh se pode jantar. O jantar foi ai mesmo e até estava bom. Também à noite este é um lugar mítico, e é ao fim da tarde que para aqui convergem centenas de pessoas.
Regressar ao Camping sim, mas evitar os angariadores de clientes para os Táxis porque sai sempre mais caro.
Os meus companheiros têm de regressar a Portugal mas eu mais a minha cara-metade e minha filha, vamos ficar por aqui mais uns dias. 
Fazem-se as despedidas de quem vai sair cedo e vamos ao repouso.

18/4 – 2º dia de visita a Marraquexe

Todos os nossos amigos já saíram em direcção a casa, e nós cá vamos em mais uma viagem de táxi até ao centro, e fazer o percurso B do Autocarro Turístico, que compreende essencialmente o Palmeiral da zona periférica de Marraquexe, onde proliferam as grandes mansões. O Ciber Jardim, junto ao Complexo Artesanal, está muito bem tratado e equipado com terminais de computador para acesso à internet. Original! A modernização vê-se frequentemente, especialmente, com iluminação pública de ultima geração, mesmo nas aldeias mais remotas. Para o regresso ao Camping, lá paguei 100Dh de taxi. O angariador, desta vez foi mais sofisticado! Com um mini táxi Fiat Punto com mais de 20 anos, á espera de clientes junto à praça Jemaa-El-Fna, era o único! Ajustamos o preço. Como nós precisávamos regressar rapidamente, por 100 Dh dei o OK. Andamos 100 metros no Fiat e entregou-nos a outro táxi mais novo, e diz que o carro avariou. Claro que voltou para o mesmo local par angariar mais clientes!
Conviver com este sistema com algum à vontade, exige uma boa aprendizagem!

19/4 – Marraquexe – Sidi Wassay

Até Agadir a viagem foi em Autoestrada, depois pela N1 e ao fim por estradas secundárias até ao Camping Internacional de Sidi Wassay (30o 03.400 N – 09o 41.20 W) Local talvez agradável no verão! Com uma boa piscina, Restaurante e um acesso directo para a praia, numa pequena aldeia com bastantes casas em construção, que é uma constante por todo o lado.

20/4 - Sidi Wassay – Sidi Ifni

Sidi Wassay é uma zona de reserva ecológica, da região de Souss-Massa-Drâa com zonas pantanosas onde abundam várias espécies de aves. Retornamos à N1 até Tiznit, depois pela R104, com almoço em Mirleft. Aqui uma urbanização nova com boas mansões, e um centro de formação e apoio para jovens empresários. Chegamos a Sidi Ifni, o ponto mais a sul que visitamos nesta viagem! A zona é especialmente arborizada pelas árvores de argane, de cujo fruto, que colhido no mês de julho,  depois  seco ao sol, é partido para do seu miolo ser extraído o óleo muito apreciado para a fabricação de sabonetes, produtos de cosmética e também usado como hidratante para a pele. Existem muitas cooperativas femininas de produção de óleo de argane. Perto de Tiznit, compramos alguns produtos num posto de venda do laboratório Derm Argan . Aqui os preços são fixos e tudo está tabelado.

Sidi Ifni é antes do mais uma praia com a parte antiga da povoação a dominar a encosta sobraceira à praia, e 4 parques de campismo especialmente para autocaravanas, com o preço de 65Dh para AC +2 pessoas incluindo Electricidade . O jantar também não foi má, com uma tajine de 1 Kilo de peixe para os três por 120 Dh mais; a agua, o pão e como não podia deixar de ser o chá de menta. Total 176 Dh.

21/4 – Sidi Ifni – Agadir/Taghazoute

O extremo sul de Marrocos, ainda fica a cerca de 1000 Km . Não é desta que lá vamos. Talvez numa próxima. Quem sabe?
Assim vamos iniciar a nossa viagem de regresso a casa.
 Paragem em Tiznit com uma volta pela Medina e compra-se uns bules para o chá, mais uma volta pelo mercado. Fora da Medina esta não é uma cidade muito limpa.
Depois de almoço seguimos viagem. Uma paragem em Agadir junto à praia; virada para sul, onde esplanadas, zona pedonal e hotéis formam um local aprazível de fama internacional. Zona turística inteiramente nova e moderna. O terramoto de 1960 destruiu completamente esta cidade causando 15000 mortos, mas  Agadir é hoje uma cidade com o maior porto de pesca do país e a maior frota de pesca da sardinha.

Taghazout, destino de turismo de pesca, surf, é uma pequena vila 18 Km a NW de Agadir. Penso que é um local a explorar melhor numa próxima visita. Uma das actividades desta zona é a produção de Oleo d´Argane, cujas árvores abundam aqui em grande quantidade. Passamos, e fomos para o Camping Terre d´Ocean, que fica 5 Kms a NW, numa encosta sobranceira ao mar.
 Nada de especial a assinalar.

22/4 – Taghazout – Essaouira

A viagem até Essaouira é calma, numa paragem à sombra de um Argane, uma jovem pastora, vem ter connosco e pede tudo desde roupa, calcado e comida, ajudamos no que podemos, e prometemos a nós próprios que numa próxima viagem, vamos contar com estas pessoas.
Por estas paragens muitas crianças também pedem especialmente canetas, chocolates e rebuçados. Vestuário mesmo usado é sempre também bem recebido.
Chegamos cedo a Essaouira, estacionamos no parque com guarda, junto à praia que no fim nos custou 30 Dh, com direito a passar ai a noite.
Essaouira antiga Mogador que os portugueses tomaram no seculo XVI e onde ainda se vêm a muralha e os canhões, tem a Medina que mais gostamos de visitar, e onde aproveitamos para fazer algumas compras de artesanato. 
Ao fim do dia, uma visita ao porto e o regresso à AC, pensando numa próxima visita a esta cidade acolhedora.


23/4 - Essaouira – Safi – El Jadida

A seguir a Essaouira junto à costa pela R301 grande parte da qual junto à costa, assiste-se a uma paisagem bastante desértica, com uma grande extensão de areal que formam praias praticamente desertas. Perto de Safi, encontra-se uma fábrica de fosfatos, para a agricultura certamente para dar suporte aos pais agrícola.
A ideia era almoçar em Safi matando as saudades de peixe, mas pelos dados que me deram não consegui localizar os restaurantes que ficam à beira mar, até porque a zona estava toda em obras. Acabamos por estacionar quase no centro junto a um restaurante que já tinha umas tajines prontas a sair e calmamente almoçamos por cerca de 50Dh cada.  
De Safi a El Jadida, preferimos seguir pela N1, já que suspeitamos que a R301, tal como aconteceu na parte da manhã, não deve estar muito boa. Uma zona sem nada de especial, onde por vezes à semelhança de outros locais por onde já passamos fazem lembrar os cenários de alguns filmes do Far-West.
Este é mesmo um pais de contrastes!
Chega-se a El Jadida, e para passar a noite, ficamos no pior parque de Campismo que já alguma vez vi, em termos de instalações sanitárias (claro tinha que ser um Camping Municipal). O que vale é que a AC tem tudo o que necessitamos!

24/4 - El jadida – Moulay Bousselhame

A noite acabou por ser tranquila, e custou-nos 70 Dh a estadia. Perguntei para quando uma intervenção para melhorar o Camping, disseram-me que está previsto mas não sabem quando.
Durante a Manhã, visitamos a Cisterna Portuguesa situada dentro das muralhas da cidadela construída pelos portugueses no seculo XVI. Construção que com o espelho de água que tem actualmente, aliado à sua arquitectura se apresenta como um local de rara beleza. A praia de El Jadida é um extenso areal e ao que parece, local de veraneio bastante concorrido.
Por opção seguimos viagem passando ao largo de Casablanca e Rabat, reservando estas duas cidades para a próxima visita. Desde El Jadida, a paisagem é dominada por extensas zonas agrícolas com;  searas, hortícolas e estufas
Chegamos a Moulay Bousselhame  e ficamos no primeiro Camping Complexe Touristique Flamants-Loisirs  Aqui encontramo-nos  com dois casais portugueses que também vinham de regresso a casa, depois de uns dias de férias em Marrocos mais as crianças. Pareceu-nos um local bastante aprazível para umas férias de verão.

25/4 – Moulay Bousselhame – Asilah – Tanger Med – Algeciras

Passamos a última noite desta viagem a Marrocos tranquilamente como sempre. Ao sair do parque ainda demos um giro até junto à praia e deu para apreciar a vista sobre a ria que forma o Parque Natural. Local simpático! De seguida, a caminho ainda foi uma visita à vila de Asilah, que cresceu bastante desde que eu ai estive em 1990. (ai ligava o cabo submarino que, de Burgau, fazia o encaminhamento dos circuito telefónicos para a zona do Mediterrâneo). Dá para recordar com saudade os velhos tempos passados na Estação de Cabos de Burgau.  De notar que a muralha portuguesa e a cidadela no seu interior estão perfeitamente conservadas.
Vamos para porto apanhar o Ferry mas não sem antes atestar o depósito com gasóleo a 93Dh.
Com a ideia de apanhar o Ferry das 13h00 chegamos ao Porto às 12h00 mas aquele já estava completo. Como o das 15h00 era pequeno e não transportava Autocaravanas, embarcamos no das 19h00, que saio de lá às 21h00.


Com pernoita em Palmones/Algeciras, no dia 26 chegamos a casa com vontade de regressar novamente a Marrocos numa viagem um pouco mais demorada e talvez no Inverno. Assim a saúde o permita, já que em termos financeiros como os preços por aqui são baixos, a viagem não fica dispendiosa.

Para você que leu este meu relato de viagem, desejo-lhe: longa vida com saúde, nesta passagem por este mundo e que tenha oportunidade de conhecer um pouco mais dele, fazendo também as suas viagens.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Viagem por: Andorra, França, Itália, Eslovénia, Croácia, Áustria e Suíça.




Prefácio
Viagem realizada de 08/05/2013 a 07/07/2013 conjuntamente com a minha esposa, Fernanda e minha filha Sandra, na nossa Autocaravana (AC) “Challenger”
O objectivo principal desta viagem foi conhecer um pouco do Norte de Itália, Veneza, a região dos Alpes, a Eslovénia e a Áustria, dar uma vista de olhos à Suíça e à região do Jura em França.
O nosso novo GPS: GARMIN, 2505 LMT, com o mapa da Europa, mais alguns Pontos de interesse (POIS) e principalmente os do Camping Car-infos http://www.campingcar-infos.com/index1.htm, com tudo o que são Áreas de Serviço (AS),  Área de Serviço onde é possível passar a Noite (ASN), Campings etc. foram  uma preciosa ajuda e tudo correu quase a 100%.
Propositadamente, por vezes não respeito o acordo ortográfico. Erros que possam existir resultam de deficiente preparação que tive na universidade da vida. Faço votos para que este relato seja útil para muitas pessoas e que tenham paciência para o ler. Para mim este relato de viagem feito com muito gosto a partir do meu diário, serviu para recordar os momentos vividos, e contribuir para que outros companheiros possam tal como eu, com sucesso, programar as vossas viagens.
Relato de viagem
08/05 -  Desta vez saímos de Lagos de manhã para ir pernoitar na ASN da Terrugem.
09/05 TERRUGEM- ZARAGOSA
Foram 730Km até à ASN  perto de Zaragoza, onde chegamos já um pouco tarde e cansados. AS numa estação de Serviço, com duches, Lavandaria e Restaurante. Zona de estacionamento reservado às ACs, tomadas energia tudo gratuito. O espaço é bastante grande e muitos camionistas passam aqui a noite. Coordenadas N 41o  44.321´          W 001o  03.977´.
10/05 ZARAGOZA-ANDORRA
Até; Sant. Júlia de Lória em Andorra foram aproximadamente 230Km onde deu para ficar no parque de estacionamento com AS junto ao centro comercial, na companhia de mais algumas ACs. Parque e AS gratuitos.
Aqui um Companheiro Francês, diz que não volta mais a Portugal porque devido a ter pernoitado numa Área de Serviço em AE, passou 30 ´das 24horas e teve de pagar +€57.00 o homem nem me quis dar muita atenção, e foi a simpática esposa que me deu as dicas sobre a etapa que iríamos fazer à tarde. Lá tive que dizer ao Sr. “em ar de graça” que; nem todos os Portugueses são bandidos! Portugal realmente anda com a candeia às avessas.
11/05 ANDORRA
Aqui começa propriamente o nosso passeio, e como consta que em Andorra as coisas são mais baratas vamos lá ao Centro Comercial que fica aqui ao lado. Os preços, são normais a tender para o caro, salvo bebidas alcoólicas destiladas e tabaco. Efectivamente aqui também os preços subiram e também já existe IVA, 5%. O gasóleo é a €1.13, (- €0.20 a €0.25 de que em Espanha).
Visitar a cidade de Andorra A Velha e o seu centro histórico que tal como o pais também é pequeno. Ladeada de montanhas onde ainda se vê algum gelo, está muito bem cuidada, um autentico Centro Comercial com uma arquitectura muito gira e onde todo o espaço é muito bem aproveitado, um parque de estacionamento com 6 pisos, cuja cobertura é um agradável espaço com parque infantil e esplanadas, devidamente protegido em volta por uma protecção em vidro acrílico. Ao lado um parque de desportos radicais. O parque central da cidade atravessado pelo rio, é uma beleza, o  parque infantil, repleto de crianças que brincam em zonas diversas devidamente assinaladas a que idades se destinam, com mobiliário adequado.
Um verdadeiro Centro Comercial, mas praticamente sem clientes (aqui a crise também chegou, e segundo me disse o Mário que já aqui vive à 24 anos com o seu negócio de transportes de mercadorias e camionagem; o governo de Andorra não está trabalhando bem: A ideia deles é arranjar dinheiro sem olhar à situação actual. As empresas pagam ao Estado aquilo que eles querem e não em função do resultado do exercício (é a crise! diz o Mário, desabafando que isto parece um pais do terceiro mundo).
Foi positiva a visita a Andorra à Velha (altitude aprox. 1400mt)  
Depois de almoço, rumo a Pas de la Casa, pela CG2, num deslumbrante passeio, passando por Port d´ Envalira a 2409 mt de Altitude, com temperatura de 2o C e nevoeiro. Em Pas dela Casa, estacionamento e pernoita, com gelo um pouco por todo o lado.
12/5 PAS DE LA CASA-ARLES 378 Km
                Noite fria, zero graus, valeu o aquecimento e tudo bem. Viagem tranquila paisagem agradável na descida dos Perineus até paragem para almoço, depois, muito transito, parte do percurso pela A49 totalmente congestionada e com paragens. Tranquilos os últimos 40Km antes de Arles. Por zona já nossa conhecida de uma outra viagem em 2009. Estacionamento no parque junto à AS      
13/5 ARLES-GAP 252 Km
Pela manhã um passeio pela cidade
Arles é uma cidade histórica, com muitos turistas, graças à recuperação do património. Os barcos que fazem cruzeiros no rio trazem muitos turistas à cidade cujas atrações mais importantes são a Arena e Anfiteatro Romanos. A Arena restaurada, com mais uma bancada metálica e tabuado no seu interior, pode funcionar como praça de touros. Este ano no mês de agosto, foi o festival internacional de arte equestre em que Portugal também participou.
Depois de almoço a viagem de Arles a Gap, com pernoita no parque de estacionamento onde fica a AS que não sei porque não estava operacional.
14/05 GAP-TURIN 190 Km
O passeio de Gap a Turim passando por Montgenévre é o primeiro contacto com os Alpes. Depois de entrar em Itália apanhamos vários e longos Túneis pela AE. Numa AS compra-se uns mapas e faz-se o serviço da AC. 3 Portagens €13.00. Aqui, o melhor é pensar em pernoitar num Camping, ou parque com vigilância, o melhor que encontrei (com a ajuda do GPS, claro.) foi o Camping Villa Rey (muito mal tratado)
15/5 TURIM – MILÃO
Com uma noite de chuva, e também a manhã, não dá para grande coisa; uma volta por Turin com a AC e vamos nós para Milão. Uma paragem para almoço e abastecer de gasóleo (1.62€/litro). Viagem com tempo de chuva.
Cascina Gaggioli, quinta de agro-turismo, com vacas galinhas, uma bottega que vende carne, e produtos de agricultura biológica; foi a opção para ficar perto de Milão, e a partir daqui visitar a cidade, (20.00€ na primeira noite e 15.00€ nas seguintes), digamos que não está mal, a estrada de acesso, é que é muito estreita.
16/5
Choveu noite e dia. Dia para esquecer! Como iria ser dia de festa na quinta no dia 18 tivemos que mudar de sítio.
17/5 PAVIA
Agora sem chuva fomos visitar a cidade de Pavia e o seu museu no Castelo Visconti.     Uma visita ao Centro Histórico e uma boa fatia de piza para o almoço.
Vamos para o Parque de Campismo de Milão! Preparados para amanhã irmos visitar a cidade. O parque é excelente, só que um pouco caro (diária 45.00€/3 pessoas eletricidade e a AC).
18;19/5 MILÃO
Milão com o seu Duomo, (Catedral) Castelo Sforzesco, as galerias D. Emanuel II etc. é uma bela cidade. Aqui um bilhete diário é 4.50€ para todos os transportes urbanos. A partir do Camping seguido de autocarro e Metro chega-se facilmente ao centro de Milão. Na recepção do parque prestam todas as informações necessárias (se não sabes italiano o melhor é saber inglês e assim funciona) Milão é realmente uma cidade muito bonita. Valeu a visita
20/5 MILÃO-COMO-BELLAGIO-LECCO
A cidade de Como junto ao lago com o mesmo nome está, congestionada e com chuva forte, de tal modo que não deu para parar, e o almoço foi à saída da cidade com vista sobre o lago e com a chuva a cair. O passeio junto ao lago até Bellágio é fantástico, só é pena que a estrada não seja um pouco mais larga e melhor seria se houvesse sol. Bellagio, bonita cidade histórica junto ao Lago Como, muito virada para o turismo, não é propriamente uma cidade recomendada para visitar usando uma AC. É agradável também o passeio até Lecco, só que de estreita que é, esta estrada não é para ACs. Pernoita no Camping Riviera a 4Km de Lecco, com o parque praticamente vazio e encharcado.
21/5  BERGAMO
45 Km de agradável trajecto até Bergamo e eis-nos na histórica cidade que se situa em dois níveis; a parte moderna no nível inferior, a parte histórica no nível superior e as colinas que a ladeiam a norte. Bonita e Monumental, o funicular entre a parte baixa e a zona histórica leva-nos ao Duomo, igreja Sta. Maria, Capela Colleoni, o relógio de sol, uma serie de Museus e edifícios históricos. Uma maravilha!
Nota: A ASN é particular e com pouco espaço, mas o Sr. Vincenzo,  tem também um espaço para estacionamento, a cerca de 500mt. E lá ficamos: Custo 25.00€ /dia, com transfer, até ao funicular para a cidade alta e volta. Alem da nossa AC, havia mais 5, só que parqueadas, sem ninguém! Diz ele que existe sistema de vídeo vigilância. Não sei. Sujeito simpático e tudo funcionou bem.
22/5 LAGO ISEO; BRÉSCIA
Pois é, a noite foi tranquila, com o portão do parque fechado, mas a energia eléctrica desapareceu durante a noite. Quando fomos à suposta AS, só lá estava uma velhota e não foi possível fazer o serviço da AC. Seguimos viagem, e numa AS (ASN Sulzano CCI 10787) junto ao Lago Iseo fizemos o serviço da AC (1.00€ pelo serviço, preço para 24.00H/8.00€. O Lago Iseo é muito bonito. O almoço foi na AC à beira do lago e um café no “Café Americano”. Rumo a Bréscia ai vamos nós por tuneis horrorosos; estreitos, mal iluminados, muito poluídos e com muito transito. Passados os tuneis a paisagem ficou agradável. Mais um abastecimento com gasóleo a 1.599€/lt. Em Bréscia, pernoita (ASN CCI 10753) Uma soberba AS com bom parque, pernoita 10.00€ C/ electricidade numa quinta de turismo rural, local seguro e sossegado. Uma intervenção na AC para beneficiar a fixação do depósito de aguas cinzentas e tudo fica operacional.
23/5 BRÉSCIA-SIRMIONE
Noite tranquila, e saída para uma visita a Bréscia que não nos pareceu nada de especial . A Cidade histórica de Sirmione cercada pelo Lago Garda é um local obrigatório para quem vem por estas paragens. Local muito bem preparado para receber os turistas que a visitam. Um bom parque de estacionamento a 10 minutos a pé do Centro Histórico, com uma zona reservada a ACs e Área de Serviço (ASN Itálie Sirmione CCI 1307). O dia esteve muito agradável, a tarde deu para um belo passeio pelo centro histórico, com direito a um belo gelado Italiano, mas o fim do dia foi de chuva, vento e uma trovoada que ecoava nas montanhas dos Alpes mesmo ali ao lado.
24/5 SIRMIONE-VERONA
A noite foi bastante ventosa, mas mesmo assim bem dormida, pena é que a chuva continue a marcar presença. Em Verona o parque para ACs é espaçoso e a preço acessível. 10.00€ /24h, sem electricidade. (ASN CCI 5014)   
25/5 VERONA
Amanheceu s/ chuva!!! E com algum sol. Uma ida a pé até ao centro, objetivo Posto de Turismo. O “Verona Card” por 15.00€, valido por 2 dias, dá acesso a tudo quanto é museu e ponto de interesse; O Anfiteatro Arena do seculo 1 AC, está em muito bom estado de conservação, suponho que devido ao tipo de pedra com que foi construído, é ainda hoje um bom local para espectáculos. Nota negativa para a limpeza dos corredores. A Casa de Julieta (Casa di Giulietta), ficção e/ou realidade; talvez onde viveu uma das famílias de que fala a obra de Shakespeare Romeu e julieta é uma verdadeira curiosidade visitada por milhares de turistas e merece uma visita. O almoço numa esplanada em “Piazza Erbe” com o fim um pouco atribulado devido à chuva. A tarde foi para visitar o Museu do Castelveccio.
26/5 VERONA
Hoje é para a parte da Cidade que ontem não foi vista; Complexo Duomo, (fantástico) o Anfiteatro Romano, muito interessante. O museu arqueológico, a igreja de Sta. Anastácia… visitada enquanto o órgão tocava, qualquer coisa de magnifico, do mais valioso que temos visto até agora. A cidade de Verona, património Mundial da Unesco é sem sombra de dúvida uma cidade fabulosa e que recomendo vivamente, como destino a não perder.
27/5 VERONA-TREVISO
Depois de visitar Verona, a cidade de Treviso não nos despertou grande interesse, apesar de ser bonita, até porque é segunda-feira e tudo quanto é ponto de interesse está fechado; os edifícios da era medieval estão um pouco misturados com novas construções. Valeu o passeio a pé, apreciando também os canais que atravessam a cidade que nalguns casos dá para imaginarmos Veneza, um bom lanche numa esplanada de uma rua sossegada. Um fim de tarde de leitura, com uma sagres a acompanhar, fazer o diário e os registos. A janta, repouso e cama.
28/5 TREVISO-PUNTA SABBIONI
As pesquisas efectuadas para decidir qual o melhor local para ficar, com vista a visitar Veneza, levou-me a decidir por Punta Sabbioni e o almoço já foi aqui no Camping Miramare 5 estrelas. O preço, para os 3 mais a AC c/ electricidade: 32.85€/dia. Tarde de relax e lavandaria. Amanhã vamos para Veneza.
29;30;31/5 - VENEZA
Desde Punta Sabbioni, aqui vamos nós no Vaporetto até Veneza, e creio que esta foi realmente a melhor opção, porque entrar em Veneza, deve ser de barco e pelo Grande Canal. Indiscutível. Digo eu. Olhando a estibordo, lá está o Trafaria Praia, fundeado. Bonita a paisagem e esta visão do cacilheiro da Ana Vasconcelos para a bienal de Veneza. Com a vontade de ver a exposição da Ana Vasconcelos, lá vamos nós até ao cais onde ele está atracado, mas tentativa frustrada. Ainda não havíamos chegado e já este rumava para a entrada do Grande Canal. Para início de visita, apanhar o Vaporetto (carreira 1) canal acima até à Ponte de Roma é um passeio fantástico; vaporettos, táxis, gondolas, barcos de carga, de serviços, de obras, de polícia, barcos particulares… é uma tremenda de uma confusão e ainda aparece a ambulância. Nunca tinha imaginado nada assim. Vale a pena ver. Saída na ultima paragem e pé em terra. Almoço por 68.50€ para os três (bem servido). Vamos então atravessar Veneza a pé. Deambulando por ruelas estreitas e pontes, disfrutando desta bela e única cidade, foi de facto um belo dia. Eis-nos de novo no Vaporetto para Punta Sabbioni (o bilhete do Vaporetto foi 35.00€ para 72horas em todas as carreiras)
2º dia em Veneza.- Hoje foi Praça de S. Marcos, uma visita ao palácio Ducal (museu) e à Basílica de S. Marcos, com um almoço ligeiro numa das ruas adjacentes à praça. Mais uma tarde de chuva, e toca a apanhar o Vaporetto passando pelo Lido e chegada a Punta Sabbioni um pouco mais cedo que o previsto.     
 3º dia em Veneza – Saímos mais uma vez com chuva; destino: museu da Academia; visita agradável, e onde os jovens com mais de 65 anos e entre os 18 e 25 anos cidadãos da EU não pagam. Só a Sandra pagou 9.00€. Com o almoço num Snack-bar, saímos em seguida para uma visita à ilha de Murano. É só sair do Vaporetto, e já nos chamam para apreciar o trabalho dos artesãos, trabalhando o vidro incandescente, fazendo autênticas obras de arte, no final ainda compramos duas recordações, mais um Vaporetto e ai vamos nós até Punta Sabbioni.
Assim terminou a nossa visita a Veneza, à bela e histórica Veneza, que após tantos anos de história, vê agora a engenharia com o projeto Moisés, trabalhando para a proteger da subida do nível águas do Adriático, com a construção de comportas à entrada do estuário do lido, preservando assim a cidade e ilhas da laguna; na praia-mar das marés vivas. Obra de Vulto e de muitos milhões de euros.
1/6 DIA DE DESCANSO
2/6 PUNTA SABBIONI – ANKARAN, ESLOVÉNIA
Com uma paragem para almoço numa AS ainda em Itália, foi também, aproveitar para comprar mapas e a vinheta para as autoestradas da Eslovénia (30 dias/30€). Com rumo para a Croácia, á procura de melhor tempo, ainda deu para uma visita às grutas de Skocjam; 3Km a pé, dos quais 2Km em plenas grutas, mal iluminadas, seguindo um guia muito rápido, e com um inglês pouco claro, subindo e descendo. De qualquer forma, pela sua majestosidade, valeu a pena! (preços dos bilhetes: Seniores 11.00€, adultos 15.00.)
Seguindo então para sul; o Garmin leva-nos até ao parque de Campismo de Ankaran. (34.53€ s/ electricidade)
3/6 ESLÓVENIA
Foi bem dormida a nossa primeira noite na Eslovénia. Um agradável passeio à beira do Adriático com água cristalina em pleno camping, compras no supermercado, ver as notícias e a meteorologia com uma net bastante rápida e “grátis,” o almoço e um passeio com a AC até Koper; atestar o depósito com gasóleo a 1.35€/lt (menos 0.25€ de que em Itália).
Koper; ida ao posto de turismo, colher a informação necessária, uma visita à cidade e à catedral, e sair para procurar o local de pernoita que foi no Camping Lucija, mesmo junto à marina.
Em Koper : 3 amigos de Baco entabulam conversa comigo, ficam curiosos quanto à nossa nacionalidade, são simpáticos e correctos, tiveram direito a fotografia para recordação. (comunicar aqui na Eslovénia é em inglês e digamos que tudo bem) 
4/6 – ESLOVÉNIA – PULA, CROACIA
O Camping não era muito bom, mas noite tranquila. Na esplanada do Rock Café com o café a 1.00€ , e acesso Wifi verifica-se a meteorologia, para decidirmos um pouco o que fazer a seguir. O tempo na Europa Central está muito instável e com muita chuva, assim vamos fazer uma alteração ao trajecto inicialmente programado; com alguns dias na Croácia. A Croácia ainda não está (estava) na EU mas passar a fronteira foi tranquilo, sem sequer pedirem qualquer identificação.
Pela AE e estrada nacional, um pouco à beira mar, chega-se a Novigrad.  Cambiar Euros por Kunas procurar restaurante para almoçar e a conselho de um residente da cidade foi almoçar no restaurante PIVENICA PARK (Lat: 45o 18.960´ N -  Long: 013o  33.673´E ). Uma grelhada mista de peixe, foi uma delícia; em variedade, qualidade e quantidade. Costa muito bonita, recortada com enseadas rochosas, águas cristalinas, marinas e portos. À noite fica-se no camping em Pula, que ocupa toda uma península e que tem um perímetro de 1500mt.
5/6 PULA
Visitar Pula, passa forçosamente por visitar a Arena Romana, em muito bom estado de conservação, apesar de terem de lá sido retiradas muitas pedras que faziam parte da estrutura, majestosa, com capacidade para 22.000 pessoas na era de Cristo. Um passeio de 50´ no autocarro turístico (10.00€ ), pela cidade e arredores mostrando um pouco da história e da costa (no áudio-guia com 12 línguas não há português ) temos de escolher outra. As pessoas são muito simpáticas, e a Senhora que nos vendeu os bilhetes para o autocarro turístico, faz questão de dizer que este é um pais seguro. O nível de vida é baixo, por exemplo uma empregada de balcão ganha por volta de 300.00€/mês e o preço dos bens de consumo são idênticos aos de Portugal.
Pais simpático, calmo, de pessoas afáveis, e onde quase toda a gente sabe um pouco de inglês, pelo menos eu não tenho dificuldade em comunicar com eles na língua de Shakespeare, um pais que anseia pela entrada na EU (entrou a 1 de julho de 2013), mas que tal como nós estão apreensivos quanto ao futuro.
Saímos de Pula pela costa Este da Ístria num passeio até Moscenicka Draga à beira do Adriático, com vista para: Rijeka mais as ilhas a Sul e SE (CRES e KRK).
6/6 MOSCENICKA DRAGA
Desde que saímos de casa, foi a primeira noite que sentimos o tempo quente, amanheceu um dia de sol e a temperatura a rondar os 220 C. Vamos conhecer Moscenicka Draga; A beira mar está muito bem cuidada, os bancos à sombra da árvores, as esplanadas com cadeiras de verga, restaurantes bares e gelatarias tudo aguardando os turistas que ainda não são muitos, a agua cristalina convida para um banho, e um pouco mais afastado deste centro, o passeio pedonal à beira mar é agradável . É hora do almoço, o frigorífico está cheio, o toldo aberto e a mesa e as cadeiras esperam por nós. A cozinheira da Challenger prepara um delicioso almoço. Agora o toldo/avançado abriga-nos da chuva que não chegou sem se fazer anunciar por alguns fortes trovões. Tarde de repouso, não choveu mais, mas o tempo refrescou um pouco, e o sol só reapareceu à tardinha. Ainda não foi hoje o mergulho no Adriático! Depois da janta uma volta para esticar as pernas.
7/6  MOSCENICKA DRAGA
Almoço muito bem servido num restaurante sobranceiro ao pequeno porto de pesca, claro teve que ser peixe grelhado. A tardinha lá foi aquele mergulho no Adriático. Já estava a precisar. Ao consultar a meteorologia ficamos indecisos quanto ao rumo a tomar nos próximos dias visto que o tempo vai continuar mau para o lado dos Alpes.
8/6 MOSCENICKA DRAGA – NJIVICE
5.00 da manhã, levantar, pegar na maquina fotográfica para fotografar o nascer do sol, que não foi nada de especial. As 14.00 rumo à estrada; Paragem em Opatija para umas compras, passa-se por Rijeka, e entra-se na ilha KRK pela ponte (com portagem). Chega-se a Njivice e fica-se no Camping à beira mar, em remodelação e muito bem equipado.  Bonitas paisagens estas por aqui.
9/6 NJIVICE - BELAVICE
Manhã de passeio a pé à beira-mar e de um banho nas aguas do Adriático. Saída para Sul, direcção a Baska, na ideia de ai apanhar o Ferry para a ilha de RAB, mas chegados ai, viemos a saber que a carreira de Ferry havia sido extinta 5 anos antes. Voltamos para norte e rumamos a Zagreb com paragem em Belavice para pernoita no camping.
10/6 BELAVICE – ZAGREB
Em Zagreb, o parque da Zona desportiva foi opção para estacionar e almoçar, depois apanha-se o Tramway linha 17, e com o GPS  a ajudar passado pouco tempo estamos no centro da cidade. A primeira impressão é de uma cidade majestosa. Saídos do Tramway, lá vamos passeando até ao posto de Turismo; aqui pela primeira vez nesta viagem encontramos informação turística escrita em português. Como é da praxe vamos lá fazer um giro no autocarro turístico, mas o tempo prometia chuva e não faltou e da grossa acompanhada de trovoada, até que o autocarro passou junto à nossa AC então foi só pedir ao motorista e ficamos ali mesmo. Passada 1 hora, a  chuva parou e decidimos partir para a Eslovénia, destino Liubliana. (Ljubljana na língua original) Ainda havia Kunas quase para encher o depósito, com gasóleo a 9.42K (1.26€/lt.). Após o controlo da fronteira, a viagem pela Autoestrada é rápida até Liubliana. Como nota final sobre a Croácia, que já tem o IVA a 25%, os preços são um pouco altos.
11/6  LJUBLJANA
O Camping Resort de Liubliana, é muito caro! (a AC mais 3 pessoas c/ electricidade 41.50€) A distância do camping ao centro da capital da Eslovénia é cerca de 2.5 Km, custo de cada viagem 1.20€, o cartão para o autocarro 6 ou 11 é pré-comprado por 2.00€ e recarregável na recepção do camping. Um belo passeio a pé e descontraído pela cidade, com um passeio de barco pelo rio que atravessa a cidade e um lanche que mais pareceu um jantar, numa das muitas esplanadas do centro 16.30€ para os 3 (aqui a restauração tem 2 taxas de IVA sandwichs 8.5% e as bebidas 20%) Ljubljana é uma cidade maravilhosa; bonita, calma e muito agradável. As pessoas aqui são simpáticas e é fácil de comunicar em inglês.
12/6 LJUBLJANA
Noite bem dormida e uma manhã para ficar no Camping, tratar da lavagem e secagem da roupa. Tarde para visitar o Castelo de Ljubljana; uma apresentação virtual do que foi o Castelo ao longo dos séculos, sem duvida interessante, a história do lugar desde que há testemunhos e as diversas construções que ai se ergueram, com uma narrativa da historia da região e agora do país desde a pré-história até aos nossos dias. O Castelo como hoje se apresenta é do século XVII. Magnifica vista panorâmica do cimo do Castelo, fazem-se umas fotos e come-se um belo gelado, e por hoje está feito.
13/6 ARREDORES DE LJUBLJANA
Dia de sair do Ljubljana Resort, mete-se como destino no GPS a ASN de SMLEDNIK (CCI info 3486) e ai vamos. Ainda uma paragem no mercado tradicional de Ljubljana para comprar vegetais e fruta. Uma paragem durante o percurso para almoço e compras no Lidl. Chega-se à ASN de SMLEDNIK. Tudo joia, 10.00€ para pernoitar com electricidade, num parque, no meio do nada,  junto a uma unidade hoteleira.
Vamos então ao nosso passeio de hoje: Kamnik, referenciada como uma das mais antigas cidades Eslovenas, junto aos Alpes, com os seus monumentos de interesse histórico, não nos deixou desiludidos. Terminada a visita é o regresso a Smlednik, e mais uma vez esmera-se a cozinheira da Challenger, e o fim de tarde uma bela janta com bom tinto italiano. É o fim de dia, de mais um que é nosso passeio por este belo país de boas gentes que é a Eslovénia.
14/6 POR ESTRADAS E CIDADES DA ESLOVÈNIA
Passando por Maribor fizemos rumo a Celje (3ª cidade da Eslovénia ) ai, pedimos a um residente que nos indicasse um restaurante, e o homem não falhou, por 60.00€  comemos muito bem os três, pensamos em pernoitar por aqui, mas não encontramos a ASAC, então depois de uma volta pela cidade saímos para a cidade termal de Lasko, não vimos nada de especial e aqui a AS está cheia de porcaria. Vamos embora! Com uma passagem pela moderna cidade de Velenje, onde nos deparamos com Camping vazio, junto ao Lago, decidimos retornar a Smlednik.
15/6 A CAMINHO DE BLED
Após uma noite tranquila uma manhã de repouso, e rumar aos Alpes Julianos. A cidade de Bled, junto ao lago com o mesmo nome, é um local de rara beleza; com o castelo no cimo do morro sobranceiro ao lago, a ilha no lado sul do lago, com a sua igreja e toda a paisagem envolvente. Todo o perímetro do lago é acessível, é um local óptimo e preparado para competições de canoagem (com uma extensão de aprox. 2000 mt.) e neste dia está a decorrer uma prova. A pernoita, é no Camping de Bled junto ao lago no lado oposto da cidade.
16/6  BLED
Com a temperatura a subir, começa a cheirar a verão. Após o PA vamos até junto ao lago tomar um café. Umas braçadas no lago para ganhar apetite ao almoço, e lá foi uma fatia de piza com salada e uma lasko de 0.50 Lt. (cerveja) boa opção, à sombra no Camping. Depois de almoço prepara-se o itinerário a seguir no próximo dia e ao fim do dia, uma caminhada de uma volta completa ao lago. Arruma-se o material exterior e ficamos preparados para seguir viagem no dia seguinte.
17/6 BLED- HALSTATT, AUSTRIA
Foi cedo a saída do Camping em direção a Halstatt. Com obras no túnel que liga a Eslovénia à Áustria, que obriga a transito com sentido alternado, tivemos alguma espera para atravessar os 7Km. de túnel. À sombra na beira da estrada junto ao rio com a temperatura já nos 32oC a parecer verão e admirando a bela paisagem desta zona em que as florestas e campos verdejantes contrastam com as casas de telhados escuros, e varandas em madeira que exibem vasos com flores de cores fortes, paramos para almoçar. Chega-se a Halstatt, ficamos no Camping. Camping pequeno, e agradável, aqui a rececionista também fala Francês e é uma senhora simpática, diz-nos ela que a temperatura está anormalmente elevada para esta época e ainda aqui se nota o efeito das grandes chuvadas que por aqui caíram à pouco tempo. Um fim de tarde e inicio de noite muito agradável nesta bonita aldeia, uma perola da Áustria, que da encosta se projeta até junto ao lago.
18/6 HALSTATT – SALZEBURG
Levantar antes do sol nascer e fazer umas fotografias deste belo e aprazível local, para mais tarde recordar. Apenas 46Km até Salzburg com uma paragem para compras, ainda deu para fazer um churrasco para o almoço no Camping de Salzburg e ai se fica a repousar o resto da tarde, pois está um tempo muito quente que não convida a sair. O Camping é muito agradável (diária para a AC, 3 pessoas C/ electricidade: 35.00€)
19/6 SALZBURG
Levantar cedo, preparar o pequeno-almoço e apanhar o BUS para o centro de Salzburg a cidade histórica onde nasceu Amadeus Mozart e com uma vontade de descobrir esta cidade, aproveitamos a manhã para aquela volta turística pelo centro histórico e uma visita à Catedral, museu de Salzburg, e depois toca a almoçar; prato do dia, uma salada, bebida uma cerveja e águas mais os cafés por 36.00€ para os 3. Muito bem servido. Bom! Apanha-se o Funicular para subir ao Castelo e faz-se a visita também ao museu. Ao fim do dia compra-se umas recordações e lembranças apanha-se o BUS e regressa-se ao camping sem qualquer problema. Valeu a pena visitar Salzburg!
20/6 SALZBURG – IMST
Saímos cedo. Munidos de um novo mapa, com rota planeada pela AE desde Salzburg até Kufstein fazendo o percurso pela Alemanha, (E52 E60 E45). Uma saída junto ao Lago Chiemsee, para tomarmos um café num estabelecimento Bar/Restaurante à beira do lago. Coisa sofisticada com cada café a custar 2.20€. Local agradável, muitos pequenos veleiros, a água muito limpa e temperatura a convidar para o banho. Outra saída foi para a pequena cidade de Rosenheim ainda na Alemanha. Kufstein já novamente na Áustria é uma cidade jardim. Apesar de termos passado perto de Innsbruck, seguimos e não visitamos a cidade, agora penso que fizemos mal. Imst, pequena cidade da região, da qual já levávamos referências,  foi o destino para o fim do dia, e é efetivamente uma cidade maravilhosa; com as suas doze fontes de água fresca cada qual com o seu santo, as pinturas nas fachadas das igrejas e de algumas casas, muito bem cuidada atravessada por um rio que corre velozmente vindo do alto das montanhas, deixa-nos fascinados. No posto de turismo, muita informação em alemão e muita também em inglês e francês. Uma simpática Austríaca amiga das funcionárias do posto de turismo, com um francês muito bom foi uma preciosa ajuda para nos elucidar sobre esta cidade. Simpáticas também as funcionárias do Posto de Turismo. A noite no Camping de Imst foi calma e tranquila.
21/6 IMST – DORNBIRN (Passeio pelos Alpes Austríacos)
O tempo refrescou um pouco, no início da noite passada ainda houve alguns trovões e um pouco de chuva. Seguido pela A12, à beira dos Alpes, e chegamos a Landeck bonita cidade! Mas não encontramos lugar para estacionar, dai saímos em direcção a Bludenz, pela A12, um túnel com 15.700 mt que fizemos na maior tranquilidade. Ao fim deste aparece outro pela frente e decidimos sair da A12, subimos alguns Kms em direcção a N; paramos em Stuben e ai almoçamos. Como havia um rally na localidade, aproveitamos para apreciar a prova. Depois de almoço foi aquele passeio no Alpes Austríacos passando por Lech, Wartth, Schrocken e Au. Paisagens magníficas, que muitas vezes lembram postais de Natal, só que sem neve. Seguidamente, pela estrada nacional 200 seguimos até Darnbirn. Depois do jantar fui conversar com um casal suíço que parqueou a AC aqui no camping, mesmo ao nosso lado e que prontamente se disponibilizou para nos dar algumas dicas sobre a Suíça. Fala-se da Suiça, mas também do povo suíço, de Portugal e dos nossos problemas e das nossas diferenças, fiquei simpatizando com este casal.
22/6 LINDAU, LAGO BODENSEE
Ir às compras foi a primeira opção do dia, porque pelas informações companheiro Suíço, na Suíça é tudo muito caro. No supermercado da SPAR onde também não foi difícil gastar 200.00€, ficamos com a AC atestada dos bens essenciais. Mais uma vez chove, e o almoço, é na AC mesmo no parque de estacionamento do supermercado. Visitar algumas localidades junto ao lago Bodensee na parte Alemã, foi opção para a parte da tarde. Em Lindau, (ilha) não se pode entrar com a AC, e seguimos para um parque com ASAC que fica perto. A pé chegamos à ilha. E foi um passeio de 3 a 4 horas para conhecer esta bela ilha. Lindau Insel é daqueles lugares que merece ser visitado. Ai passamos a noite (parque 24H/20.00€)
23/6 LINDAU, D – KUSSNACHT, CH
Atravessamos o lago Bodensse, no Ferry entre Friedrichshafen e Romamshorn na Suíça; saímos do Ferry e por ai seguimos viagem sem que tivesse-mos encontrado alguma alfândega. Bonitas paisagens e tudo muito bem tratado até Zurich. Depois de algumas voltas pela cidade seguimos até Kussnacht, onde, no parque de estacionamento passamos a noite. Entretanto pelo caminho fomos a um multibanco e levantamos alguns CHF (1 Franco Suíço= 0.84€)
24/6 KUSSNACHT – BERN
A noite foi tranquila, (tinha-mos ao nosso lado uma frota de carros militares que estava com vigias). Uma portuguesa simpática, natural de uma aldeia próximo de Viana do Castelo emigrante aqui na Suíça, ao vir colocar as garrafas da cerveja sagres aqui na reciclagem, fica a olhar para a AC, cumprimentamo-nos e ficamos um pouco à conversa: vive aqui mais o marido e um filho; trabalham numa fábrica. Aqui ganha-se o triplo do que se ganha em Portugal (ela 3.000 CHF e ele uns 4.000 CHF ) mas de renda pelo apartamento pagam 2.000. Dois homens que aluguem um quarto em conjunto, pagam 800 FCH cada, dá para mandar dinheiro para a família. É um belo pais, mas vir aqui passear sai caro, (1 litro de gasóleo é 1.84CHF (1.55€) mas a gasolina é um pouco mais barata, mais barata até do que em Portugal). Parece que a população Suíça vive bem e não há muito desemprego. As autoestradas estão cheias de carros e as estradas nacionais (em bom estado) têm poucos carros. Uma vinheta por 30.00€, permite a circulação nas Autoestradas durante um ano. Para estrangeiros podem adquirir a mesma numa alfândega à entrada no país. Nós não encontramos a alfândega, e assim vamos passeando pelas estradas nacionais que é muito mais agradável.    
O percurso de hoje; Luzern, Sarnen, Brienz onde compramos uns quiches para o almoço. Situada à beira do lago, Brienzersee, a aldeia de Brienz, assim como praticamente todas as localidades Suíças, são muito bonitas. Interlaken cidade turística situada entre dois Lagos destaca-se a enorme quantidade de lojas de relógios Suíços. Uma loja de chocolates Suíços com preços para gente rica (exemplo 100gr de um tipo de bolinhas de chocolate custa 9.80CHF) ou seja 82.35€/kilo Numa outra loja, um chocalho típico da Suíça, custa o triplo de um outro aparentemente igual que havia-mos comprado em Brienz. Este é um destino turístico de quem quer subir os Alpes, até à estação de comboio mais alta da Europa, localizada a 3.454mt de altitude, situada entre os 2 picos mais altos dos Alpes; o Mõnch 4107mt e o Jungfrau 4158mt. Bonita viagem segundo consta. Seguimos viagem em direcção a Bern, pela estrada junto ao lago ThunerSee. O destino para o fim do dia era uma ASN 10Km a NE de Bern, só que, o que existia ai era um revendedor de Autocaravanas e acessórios (erro na base de dados do CCI infos). Ficamos então no Camping de Bern. (69.00 CHF por duas noites).
25/6 – BERN
A manhã foi no Camping e depois de almoço, a pé pelo passeio pedonal junto ao rio Aar fomos até ao centro de Bern, capital da Suíça. Apreciamos esta bela e histórica cidade e ao fim do dia, foi a caminhada de regresso.
26/6 – BERN – SALINS-LES-BAINS F
Seguimos viagem em direcção França com a ideia de visitar a região do Jura. A paisagem nesta região que é muito agradável, é de um país essencialmente agrícola. Ainda fizemos uma paragem em Newchattel para fazermos umas compras no Aldi , e gastarmos os últimos CHF . O almoço já foi em França. A chegada a Salins-les-Bains, é por volta das 15H30. A primeira impressão é de uma localidade da era medieval. A ASN está localizada no centro da vila com 6 lugares de estacionamento reservado a ACs. Numa ida ao turismo ficamos na pose de toda a informação sobre esta localidade e sobre a Região do Jura, O resto da tarde foi para um passeio pela povoação, visita à igreja do seculo XIII. As termas de água salgada, funcionam com uma captação de água salgada a 24 mt. de profundidade e com um teor de sal de 100gr/lt de água.
27/6- SALINS-LES-BAINS
A produção de sal; autentico “ouro branco”, fez a riqueza da cidade de Salins durante mais de 1200 anos, como também aquela do Condado de Borgonha. Existiram varias salinas na região e os restos desta fábrica de extracção de sal está hoje transformada em museu. Os tanques de evaporação que eram aquecidos a lenha, e parte da estrutura das instalações que ao longo de vários séculos foram sendo construídas e remodeladas, apresentam-se ao visitante como o retrato de um passado longínquo, em que a própria cidade era muralhada e protegida por dois fortes. Se ainda hoje é possível em Salins a partir da água salgada, captada a relativamente pouca profundidade (24 mt) no meio de um continente, extrair sal, com a mesma composição que o sal marinho, é talvez, porque na época do seu depósito, os oceanos haviam recoberto os continentes. (época do Triássico)
Depois da visita ao museu, muito interessante, foia vez de ir almoçar e em que mais mal servidos fomos.
Saida em direcção a Lyon, umas compras pelo caminho, no Super U e a paragem para pernoita foi numa ASN municipal já perto de Lyon, sem ter ninguém por companhia.
26/6 LYON – TULE
Em Lyon fizemos uma passagem pela sucursal da Narbone Acessórios para comprarmos algumas coisas para a AC e seguimos viagem em direcção a Portugal, o nosso passeio propriamente dito terminou e agora é a viagem de regresso. Pernoitamos em Tulle.
29/6 TULLE – VITÓRIA GASTEIZ E
Vitória já é nossa conhecida da viagem de 2012, aqui fica-se bem.
30/6 – VITÓRIA GASTEIZ
Um dia para descansar, caminhar um pouco e fazer algumas compras
1/7 -  VITÓRIA - CACERES   
Uma viagem longa já com bastante calor, e o ar condicionado da AC deve estar com pouco gás porque quase não faz frio.
2/7 - CACERES- FUSETA, AlGARVE P   
Na ASN de Cáceres foi aquela noite de repouso, e agora já estamos novamente no nosso Algarve. Vão ser ainda uns 4 ou 5 dias para repousar nos campismos, uns banhos de mar, reencontrar os amigos antes de ir para casa.
3-6/7 - Belas são as praias do nosso Algarve!
 7/7 -  LAGOS
Chegamos a casa. Foi uma bela viagem! Vamos ver o que vai ser possível para 2014.

A você que leu este meu relato de viagem, desejo-lhe que possa também fazer as suas viagens e espero que este meu relato o/a possa  ajudar a programar as suas, tal como os relatos de viagem de outros companheiros me têm ajudado.  

Nota: quanto a fotos, estou com uma dificuldade técnica. mas assim que possível irei publica-las. se estiver interessado/a fique atento. Obrigada